terça-feira, 12 de outubro de 2010

Tabagismo induz alterações em gene supressor tumoral

 Já se conheciam inúmeros efeitos adversos para a saúde, relacionados com o tabagismo. Todavia, investigadores da universidade britânica de Birmingham provaram pela primeira vez que o tabagismo está directamente relacionado com a supressão da acção de genes que ajudam a combater os tumores.

 Para levar a cabo este estudo foram analisadas células do cancro do colo do útero, visto que as mulheres com cancro do colo do útero têm um maior número de mutações epigenéticas, ou seja, alterações do DNA, por ligação de um grupo metilo, no gene p16, que tem como função a supressão de tumores. 

 Essa análise permitiu concluir que a percentagem de células com o gene alterado era muito superior nas mulheres fumadoras (cerca de 37%) que nas não-fumadoras (cerca de 9,3%). Isto comprova, mais uma vez, que os indivíduos fumadores têm mais tendência a desenvolver cancro que os não-fumadores.

 Contudo, nesta investigação foram também estudadas mulheres que tinham deixado de fumar. Verificou-se que nessas mulheres a percentagem de células com o gene p16 modificado era igualmente baixa, o que sugere que estas alterações genéticas induzidas pelo tabagismo são revertíveis.

domingo, 3 de outubro de 2010

Equipa portuguesa identifica radical livre benéfico para as células


 Os radicais livres são átomos, moléculas ou iões geralmente muito reactivos que são produzidos pelas células humanas, durante o seu metabolismo, exercendo um efeito oxidante nas estruturas biológicas. Segundo a teoria dos radicais livres, proposta nos anos 50 do século passado pelo cientista norte-americano Denham Harman, é a acumulação destes radicais nas células (nomeadamente as espécies reactivas de oxigénio) que leva ao envelhecimento dos organismos.

 Contudo, estudos levados a cabo por uma equipa portuguesa do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, associada à Universidade do Minho (no Norte do país), concluíram que é errada a generalização de que todas as espécies reactivas de oxigénio exercem efeitos negativos em termos de envelhecimento celular.

 A investigação realizada em células de leveduras concluiu que enquanto o anião (ião com carga negativa) e radical livre superóxido é efectivamente prejudicial para as células dos organismos vivos, o peróxido de hidrogénio, outra espécie reactiva de oxigénio (cuja estrutura está representada à direita), tem, na verdade, efeitos benéficos para a longevidade celular, pois activa "algumas vias de sinalização intercelular", algo que é indispensável para assegurar a sobrevivência das células.

 Esta descoberta poder-se-à revelar útil para futuras estratégias de combate ao envelhecimento.

Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/tecnologia/envelhecimento-tvi24/1195800-4069.html
          http://en.wikipedia.org/wiki/Free-radical_theory (3/10/2010 - 18h)
 
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