Instituto situado no Porto desenvolve projectos de apoio a idosos e a turistas

 O Centro de Investigação Fraunhofer Portugal para Soluções de Comunicação e Informações Assistidas (AICOS), localizado na cidade do Porto, está a desenvolver aplicações inovadoras para telemóveis que podem trazer benefícios para os idosos e para o turismo.

 Na verdade, a aplicação Mover baseia-se no facto dos telemóveis modernos possuírem acelerómetro, que consegue acompanhar todos os movimentos do utilizador do telemóvel. Dessa forma, mal seja detectada uma queda, sem movimento posterior, é enviada uma sms (mensagem escrita) aos familiares desse indivíduo. Isto pode ser particularmente útil para idosos. Já para os mais novos, esta aplicação pode ser bastante útil como "personal trainer", pois mede o nível de actividade do portador do telemóvel, comparando com a média dos restantes.

 Outro interessante projecto desenvolvido é o NaviPorto que pode ser utilizado no Metro do Porto e nos autocarros da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto). A partir deste, os turistas podem definir o percurso que pretendem fazer na cidade Invicta e os pontos de interesse que gostariam de visitar. Depois, é enviada uma sms para o telemóvel dos turistas com informações sobre esses locais de interesse e sobre o percurso.

 A AICOS é um instituto de investigação que iniciou actividades em Maio de 2008, pertencendo à Fraunhofer-Gesellschaft, uma organização alemã, cujo nome provém de Joseph von Fraunhofer, óptico alemão.

Fontes: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspxcontent_id=1581132&seccao=Tecnologia

http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1581122&seccao=Tecnologia

http://www.fraunhofer.pt/index.php?id=367 (29/05/2010 - 7h30)

Proteína pode retirar a máscara utilizada pelo HIV

 Foi dado um importante passo na luta contra o HIV, que poderá ajudar na destruição de células infectadas com o vírus. Na verdade, este vírus utiliza uma proteína, CD59, para "disfarçar" as células que infecta, como células normais e saudáveis. Dessa forma, o sistema imunitário do organismo não destrói essas células, o que permite a proliferação do vírus.

 Dessa forma, cientistas norte-americanos quiseram saber como seria possível remover aquele "disfarce". Dessa forma, criaram uma proteína (a partir de uma toxina bacteriana), rILYd4, cujo alvo é a proteína CD59 (a "máscara" das células infectadas).

 Quando a proteína rILYd4 foi colocada no sangue de indivíduos infectados com  HIV, registou-se uma destruição de partículas virais e, provavelmente (segundo os primeiros resultados sugerem), de células infectadas.

 Actualmente, a equipa que levou a cabo esta experiência, está a estudar de que forma podem ser minimizados os riscos da proteína CD59 ficar inactiva em células saudáveis. Esta experiência representa, certamente uma esperança para todos os que diariamente se vêem a braços na luta contra o HIV.


Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627614.600-remove-hivs-invisibility-cloak-to-defeat-it.html

Células diferenciadas são transformadas em células-tronco semelhantes às embrionárias

  A utilização de células-tronco embrionárias, apesar da sua importância na área medicina levantam muitas questões de ética, contudo, avanços científicos podem resolver esse dilema.

 Em Novembro do ano de 2007, na Universidade de Quioto, uma equipa de investigadores conseguiu transformar as células da pele humana em algo muito semelhante a células tronco embrionárias. Como é obvio, esta descoberta é muito importante porque, deste modo, deixa de ser necessário recorrer a células dos embriões (que é uma questão muito polémica no campo da ética) que são células mais dificeis de conseguir comparando com células da pele. As células-tronco são consideradas uma esperança para a cura de doenças  mortais uma vez que estas se diferenciam em mais de 220 tipos de células diferentes substituindo células danificadas e regenerando tecidos e até mesmo órgãos. Os transplantes poderão, portanto, ser feitos usando tecidos da própria pessoa, diminuindo o risco de rejeição. Disse Robert Lanza, diretor da empresa de biotecnologia Advanced Cell Technology, que esta descoberta "representa um avanço científico extraordinário que é um pouco como aprender a converter o chumbo em ouro". 

Fonte:http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia_saude/2007/12/27/quando_as_celulas_tronco_foram_obtidas_a_partir_de_celulas_da_pele_humana_1132558.html (20/05/2010)

Para saber mais sobre células-tronco: http://staminalli.blogspot.com/

Estudo realizado no Porto pode levar a um maior controlo de leucemias

 Um estudo realizado no Instituto de Biologia Molecular e Celular do Porto  (IBMC), relativo ao papel dos glóbulos vermelhos no sistema imunitário, pode contribuir para um maior controlo de leucemias.

 Na verdade, apesar das principais funções das hemácias (glóbulos vermelhos) relacionarem-se com o transporte de gases (nomeadamente oxigénio e dióxido de carbono), sabe-se actualmente que as hemácias desempenham outros papéis, tais como regular a contracção vascular e a proliferação de glóbulos brancos. O estudo em questão, publicado na revista "Immunology and Cell Biology", debruçou-se precisamente sobre a importância dos glóbulos vermelhos para a regulação do ciclo celular e para a sobrevivência dos leucócitos (glóbulos brancos), nomeadamente os linfócitos T (glóbulos brancos que actuam na imunidade específica mediada por células).

 O estudo conclui que existem substâncias de natureza proteica libertadas pelos glóbulos vermelhos que têm um "papel activo na homeostasia (regulação biológica) dos linfócitos T, potenciando a sobrevivência e o crescimento destes". Isto abre caminho para um maior controlo de leucemias, doenças caracterizadas, normalmente, por uma proliferação de glóbulos brancos.

Teremos descoberto um segredo das células cancerosas?

 As células cancerosas obtêm energia de forma diferente das restantes células do nosso organismo. Enquanto, as nossas células não-tumorais obtêm energia por respiração aeróbia, um processo ocorre na presença de oxigénio, em organelos chamados mitocôndrias, as células cancerosas obtêm energia por glicólise, um processo que não necessita da presença de oxigénio e que não é realizado em mitocôndrias (imagem da direita). Até há pouco tempo, pensava-se que isso constituía uma desvantagem para as células cancerosas, visto que se consegue menos energia realizando glicólise, do que realizando respiração aeróbia. Contudo, recentemente, começou-se a pensar de maneira oposta.

 Os cientistas justificam que, apesar do baixo rendimento energético, a glicólise, contrariamente à respiração aeróbia, disponibiliza os "blocos químicos essenciais à construção de novas células", o que permite uma mais rápida divisão celular. 

 Dessa forma, de modo a travar a progressão de células tumorais, os cientistas decidiram activar as mitocôndrias de cinco indivíduos com uma forma agressiva de cancro do cérebro, através de um medicamento. Apenas um desses cinco indivíduos morreu de cancro, tendo os tumores deixado de crescer nos restantes quatro indivíduos (tendo num deles desaparecido completamente), que acabaram por viver mais tempo. Esta é por isso uma notícia encorajadora em termos da luta contra o cancro.

Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20627603.500-cancers-sweet-tooth-becomes-a-target.html?full=true (13/05/2010 - 21h18)

Fóssil de Tiranossauro encontrado na Austrália

 A descoberta de um osso de um Tiranossauro em Victoria, Austrália, mudará a forma como os cientistas interpretam a distribuição e evolução desse grupo de dinossauros, uma vez que os ossos de Tiranossauro são relativamente comuns nos continentes do Norte, sendo encontrados desde o Colorado até à China. Contudo, até à actualidade, pareciam estranhamente ausentes na parte Sul do planeta.

 O fóssil apresenta cerca de 30 cm de comprimento. "O osso é inequivocamente de um tiranossauro, pois esses dinossauros tinham ossos muito distintos das outras espécies", afirmou o principal autor do estudo, Roger Benson, do Departamento de Ciências da Terra da University of Cambridge.

 Com base no tamanho do osso encontrado, os pesquisadores estimam que o novo Tiranossauro tenha tido cerca de três metros de comprimento e pesado cerca de 80 kg. O animal viveu no período Cretáceo, quando os membros da família ainda eram pequenos em comparação com o grande Tyrannosaurus rex.

Esse dinossauro, ainda sem nome, viveu à cerca de 110 milhões de anos atrás, aproximadamente 40 milhões de anos antes do seu parente identificado, o T. Rex. Nessa época, os continentes do Sul do globo (Oceânia, África, América do Sul e Antártida) encontravam-se ainda unidos, o que indica aos investigadores uma “possibilidade de que outros fósseis possam ser descobertos em África, América do Sul e Índia”, disse Barrett.

Fonte: http://www.ft.org.br/site/noticias/   

Mulheres atraentes podem causar problemas à saúde dos homens

O facto de um homem estar perto de uma mulher atraente pode ser prejudicial para a saúde deste. Esta é uma conclusão de um estudo levado a cabo por investigadores da Universidade de Valência. 

Segundo os cientistas, o facto de um homem ficar sozinho com uma mulher bonita, mesmo que seja por pouco tempo, faz com que o nível de cortisona (hormona do stress) aumente, podendo ter efeitos secundários negativos na saúde do individuo do sexo masculino, sendo que no caso do homem considerar que a mulher é inacessível, os efeitos secundários podem ser muito piores.

O estudo em questão envolveu 85 homens, aos quais foi pedido para resolverem um jogo de sudoku, entrando na sala onde se encontrava uma pessoa, um homem e uma mulher. Com este teste, os cientistas verificaram que enquanto um homem jogava sudoku na presença de outro, os níveis de cortisona mantinham-se, mas quando estava na presença de uma mulher atraente, os níveis de cortisona aumentavam.

Esse aumento do nível de cortisona pode ter efeitos negativos para a saúde do indivíduo masculino, uma vez que os elevados níveis desta hormona se relacionam com problemas cardíacos.

Fonte: http://diario.iol.pt/acredite-se-quiser/tvi24-mulheres-bonitas-atraentes-homens-saude/1160092-4088.html

Ter filhos é saudável (em moderação)

 Embora não ter filhos possa nos deixar mais tempo livre, estudos indicam que não é saudável. Por outro lado, ter muitos pode causar stress e problemas financeiros, o que pode levar igualmente a problemas de saúde. Um dos ingredientes para uma vida saudável pode passar, portanto, no número de filhos de cada casal. Uma pesquisa publicada no jornal científico "Social Science" revela que dois é o número ideal de filhos por casal. Os investigadores analisaram registos da morte de homens e mulheres nascidos entre 1935 e 1968 e os piores dados relacionavam-se com os indivíduos que tinham muitos filhos ou nenhum. Estes tinham maior risco de morrer, sendo o consumo de álcool um dos problemas que mais os afectava. O estudo concluiu ainda que acidentes e problemas cardíacos eram mais frequentes nas mulheres com nenhum ou muitos filhos, e que os homens na mesma situação tinham mais propensão para desenvolver problemas respiratórios. Emily Grubdy (pesquisadora da London School of Hygiene e Tropical Medicine) comentou que "Ter mais de quatro pode ter efeitos adversos e aumentar o stress, além de desvantagens sócio-económicas e no estilo de vida, que superam os benefícios da paternidade. Mais vale  ser moderado".

 De referir que a génese de dois filhos não causa impactes ambientais tão graves, quando comparado com um número maior de descendentes, e assegura simultaneamente a manutenção da população de um dado país.

Fontes: http://aeiou.expresso.pt/ter-filhos-faz-bem-a-saude-mas-so-se-parar-no-segundo=f571890 (3/05/2010)

Balanço do sétimo mês de actividade (Abril de 2010)

 O blogue Ciência e Saúde XXI completou o seu sétimo mês de actividade, contando já com um total de 4095 visitas provenientes de 42 nacionalidades (Tivemos este mês, pela primeira vez visitantes da Bolívia e do Paquistão).

Foram publicados um total de 71 posts, abrangendo variadíssimos temas da área a que nos propusemos. 

Concluída a sondagem do mês de Abril, apresentamos os resultados: