terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Descoberta proteína que protege células da quimioterapia

 Um estudo publicado na 'Nature' abre a possibilidade de se silenciar dois genes associados a formas agressivas de cancro do sistema nervoso, travando a sua evolução. Outra investigação aponta que há proteínas que corrigem os erros do ADN, o que abre a porta a tratamentos mais eficazes e com menos efeitos secundários para todos os doentes.

 Investigadores do Reino Unido encontraram uma forma de impedir a expansão do cancro ao mesmo tempo que se protege as células saudáveis dos efeitos da quimioterapia e se intensifica os seus benefícios. Os resultados foram publicados na Nature na última edição, a mesma em que foram publicados os resultados de um estudo que identifica os dois genes mais associados ao glioblastoma, o quarto cancro mais fatal.
 Segundo os dados do primeiro estudo, há uma família de proteínas (small ubiquitin like modifier) que consegue reparar os estragos provocados no DNA e que estão associados ao aparecimento ou alastramento das células cancerígenas. Estas proteínas ligam-se às proteínas normais e conduzem-nas às zonas danificadas do ADN, corrigindo os erros genéticos.
 Estas proteínas foram capazes de corrigir os erros mais graves, que afectam as moléculas em forma de dupla hélice. Depois de os corrigirem, as proteínas separam-se e seguem o seu caminho. Jo Morris, do King College London, que integrou uma de duas esquipas no estudo, diz, citado pela BBC News, que "este é o primeiro passo para desenvolver remédios que podem proteger as células dos efeitos secundários da quimioterapia ou aumentar a eficácia de tratamentos actuais, como os da mama".

Fontes:http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1457009 (28/12/2009, 21h)

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

FELIZ NATAL!

 Os autores do blogue Ciência e Saúde no Século XXI desejam um feliz Natal a todos os visitantes e participantes neste projecto. E porque é Natal ficam aqui algumas curiosidades científicas alusivas aos dias 24 e 25 de Dezembro:

  • A 24 de Dezembro de 1761 nasceu Jean-Louis Pons, astrónomo francês, célebre na observação de cometas e na mesma data, mas no ano de 1872, morreu o físico escocês William John Macquorn Rankine, célebre pelos seus contributos para o estudo da termodinâmica.
  • A 24 de Dezembro de 1968, a tripulação da missão Apollo 8, começa a orbitar em torno da Lua (os tripulantes foram os primeiros indivíduos a fazê-lo).
  • A 25 de Dezembro de 1765 morreu Václav Prokop Divis, teólogo e inventor checo, que, entre outras coisas, desenvolveu o primeiro instrumento musical eléctrico e o pára-raios independentemente de Benjamin Franklin.

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ciência e Saúde no Século XXI participa no Jornal Valadares & a Cidade em Foco

Já está nas bancas o Jornal Valadares Cidade em Foco de Dezembro, que conta com a participação do projecto Ciência e Saúde no Século XXI, autor deste blogue. O Jornal Valadares & a Cidade em Foco é um jornal regional mensal vendido em todas as freguesias do litoral de Gaia (Valadares, Madalena, Gulpilhares, Canidelo, Arcozelo e S. Félix da Marinha), em Vilar do Paraíso, em Mafamude e em Santa Marinha, sendo que a partir de agora apresentará sempre uma página relativa à ciência, redigida pelo nosso projecto.


Espero que apreciem este novo espaço. Para mais informações visitem a página http://www.valadaresemfoco.com/

sábado, 19 de dezembro de 2009

Cientistas vislumbram duas “paisagens genéticas” devastadas pelo cancro

As mortes devidas ao cancro do pulmão representam cerca de 16 por cento das mortes por cancro no mundo. E, dos dois tipos de cancro do pulmão, o cancro de pequenas células (15 por cento dos casos) é o mais letal: apenas um em cada 20 doentes consegue sobreviver-lhe cinco anos. É provocado, esmagadoramente, pelo tabagismo.

O melanoma maligno, quanto a ele, é um cancro raro – representa apenas três por cento dos cancros da pele – mas é de longe o mais mortal: provoca três em cada quatro mortes por cancro da pele. Um dos principais agentes causadores de melanoma é a exposição aos raios do Sol.
Sabe-se que estes e os outros cancros surgem quando o ADN das células do organismo humano sofre mutações – no caso do cancro do pulmão, trata-se de mutações induzidas pelas substâncias tóxicas do fumo de cigarro; no do melanoma, pelas radiações ultravioletas. Mas o que é que se passa exactamente ao nível do genoma? Qual é a história de cada cancro, como é que se desenvolve em cada pessoa?

Na edição online de hoje da revista Nature, uma grande equipa anglo-americana de cientistas revela, em dois artigos separados, dois trabalhos pioneiros de autêntica arqueologia genética que permitem começar a responder a estas perguntas e que, no futuro, poderão conduzir a uma forma radicalmente diferente – e personalizada – de tratar estes cancros e o cancro em geral.

Peter Campbell e Mark Stratton, do Wellcome Trust Sanger Institute no Reino Unido, e os seus colegas, sequenciaram na íntegra, com uma precisão sem precedentes, o ADN de células cancerosas desses dois tipos de cancros (diga-se de passagem que, para além de utilizarem as mais potentes e modernas técnicas de sequenciação genética, no caso do melanoma, em particular, tiveram de repetir a leitura mais de 70 vezes para ter a certeza de estar a ler correctamente cada “letra” de ADN).

A seguir, compararam cada uma dessas sequências genéticas com o respectivo ADN de células normais, não cancerosas, vindo do mesmo doente, à procura das mutações associadas a cada um dos cancros.

“Estes são os dois principais cancros do mundo desenvolvido cujas causas primárias são conhecidas”, explica Stratton num comunicado da sua instituição. “Para o do pulmão é o fumo de cigarro e para o melanoma maligno é a exposição solar. Com estas sequências genéticas, fomos capazes de explorar em profundidade o passado de cada tumor, revelando com notável clareza as marcas deixadas no ADN por esses agentes mutagénicos ambientais anos antes de o tumor se tornar aparente.”
O genoma do cancro do pulmão continha mais de 23 mil mutações e o do melanoma mais de 33 mil. “Com base em estimativas médias, podemos dizer que surge uma mutação ao fim de cada 15 cigarros”, diz Campbell no mesmo documento. Ou seja, uma mutação por dia para um fumador típico!

Também vislumbraram a batalha travada pelo genoma contra essas alterações nefastas, batalha que o cancro acabou obviamente por vencer nestes dois casos. “Foi possível ver as tentativas desesperadas do nosso genoma para se defender dos estragos provocados pelos químicos do fumo de cigarro e da radiação ultravioleta”, acrescenta Stratton. No caso do cancro do pulmão, a equipa identificou ainda um misterioso sistema natural de reparação do ADN, até agora desconhecido, que sugere que o genoma tende a defender mais intensamente as suas regiões que contêm genes muito activos – e a descurar outras, menos importantes.

Agora, vai ser preciso identificar as mutações causadoras destes cancros – o que, pela primeira vez, parece ser possível. “Mas ainda temos muito a fazer para perceber estas devastadas paisagens genéticas do cancro”, frisa Campbell.


Bibliografia: www.publico.pt (19/12/2009, às 19h45)

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Animais de estimação: Considerações Ecológicas


A posse de animais de estimação é frequente, pois estes fazem nos companhia e podem inclusive ser úteis no desempenho de algumas tarefas. Contudo, aquando da escolha de um animal há que ter em conta alguns factores, nomeadamente a pegada ecológica destes.


O factor ecológico

 Todos os anos, os animais de estimação, nomeadamente os gatos e os cães, são responsáveis pela perda de inúmeros  indivíduos de espécies selvagens e por emissões elevadas de gases que provocam o efeito de estufa, particularmente devido à alimentação de que necessitam.
 Relativamente à perda de vida selvagem, dados obtidos no Reino Unido, Estados Unidos e Austrália mostram que em cada ano, cada gato mate cerca de 25 animais selvagens, o que só no Reino Unido contabiliza uma perda total de 188 milhões de animais naturais da região. A biodiversidade é também menor nas zonas em que há um maior número de cães. 

 Porém, o maior problema gerado pelos animais de companhia relaciona-se com a alimentação destes. Estima-se que sejam necessários 8374,2 metros quadrados de terreno arável para gerar os alimentos necessários para um ano inteiro um cão de tamanho médio (o que equivale a uma pegada ecológica de 0,84 hecatres). Comparativamente, alguns automóveis têm pegadas ecológicas de valores muito inferiores. O esquema de baixo compara as pegadas ecológicas de diferentes animais de estimação e de alguns objectos:


Tópico de discussão: Perante estes dados o que fazer para diminuir a pegada ecológica dos nossos animais de estimação?


Fontes: http://www.newscientist.com/article/mg20427311.600-how-green-is-your-pet.html (16/12/2009 - 18:00)

sábado, 12 de dezembro de 2009

Café pode ajudar a prevenir cancro da próstata


Um dos maiores hábitos dos portugueses, beber café, pode ajudar a dimunuir os riscos de desenvolvimento do cancro da próstata, segundo um estudo da Universidade de Harvard.


Durante a realização deste estudo, os investigadores analisaram 50 mil homens que tem por hábito beber café diariamente, durante 20 anos. Com este estudo concluiu-se que o risco de se desenvolver cancro avançado da próstata nesses individuos é 60% menor em relação aos homens que não tomavam café.

File:Roasted coffee beans.jpgOs investigadores justificaram este facto apoiando-se no facto de o café ou descafeínado, favorecer a produção de insulina e hormonas sexuais, que estão relacionadas com a prevenção dos tumores da próstata.


Um das investigadoras explicou que poucos factores ligados ao estilo de vida de um homem foram até hoje associados de forma consistente aos riscos deste tipo de cancro, especialmente aos riscos de formas mais agressivas da doença. Por esta razão será estimulante se esta ligação for confirmada em próximos estudos.

Tópico de discussão: Sabendo que a produção de café causa grandes prejuízos ambientais, devemos sacrificar o ambiente para obtermos os benefícios do café?

Fonte: http://www.ionline.pt/conteudo/36749-cafe-pode-ajudar-prevenir-cancro-da-prostata (12/12/2009 - 12:30)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Estudo Japonês descobriu que genes do pai diminuem esperança de vida

Investigadores no Japão descobriram que ratos fêmeas produzidos com material genético de duas mães, mas sem pai, vivem mais do que ratos com a mistura normal de genes maternos e paternos.

Os ratos criados a partir de dois genes maternos (ratos bimaternos - BM) viveram uma média de 186 dias a mais do que os ratos criados a partir de um macho e uma fêmea. O período de vida médio de um destes ratos é de entre 600 e 700 dias, o que significa que os ratos BM vivem o triplo que os normais.

Os cientistas acreditam que a diferença na longevidade pode estar relacionada com o gene do cromossoma 9, associado ao crescimento pós-natal. Os ratos BM eram mais leves e mais pequenos que os normais, além de terem um melhor sistema imunitário.




quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Balanço do segundo mês de actividade (Novembro 2009)

O blogue Ciência e Saúde XXI completou o seu segundo mês de actividade, contando já com um total de 1008 visitas (mais de 600 só neste mês) provenientes de 19 nacionalidades (Portugal, Brasil, E.U.A., Suíça, Irlanda, Espanha, Alemanha, Turquia, França, Itália, Eslovénia, Luxemburgo, Dinamarca, Peru, Costa Rica, México, Chile, Argentina e Paraguai).


Foram publicados um total de 25 posts, abrangendo variadíssimos temas da área a que nos propusemos. 


Concluída a sondagem do mês de Outubro, apresentamos os resultados:


 
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