quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ciência e cientistas da Croácia

 Este post surge na sequência da minha visita à Cróacia, país que, apesar de pequeno, deu importantes contributos à Ciência mundial.

 Na Idade Média, a República de Ragusa (actual cidade de Dubrovnik, no sul da Croácia) foi o primeiro estado a decretar a obrigatoriedade de indivíduos e navios permanecerem isolados e fora da cidade por um período de tempo, como forma de prevenir o registo de casos de peste, uma doença infecto-contagiosa. Este período de tempo era inicialmente de 30 dias, tendo sido posteriormente alargado para 40, nascendo aí a quarentena. Também em Dubrovnik abriu a primeira farmácia da Europa, que ainda se encontra em funcionamento, localizando-se no interior do Mosteiro Franciscano.

 Já no século XVIII, Ruder Boskovic (na imagem), cientista e religioso croata, desenvolveu a teoria atómica e fez vários estudos na área da astronomia (muitas delas apoiadas na matemática), tendo descoberto que na Lua não existe atmosfera. 


 Entre os finais do século XIX e os princípios do século XX, destacam-se os trabalhos do sismologista Andrija Mohorovicic, que descobriu que as ondas sísmicas se reflectem e refractam, tendo deduzido a existência de uma descontinuidade entre a crosta e o manto (que hoje se chama, em sua honra, descontinuidade de Moho); do inventor eslovaco de origem croata Stefan Banic, que inventou o primeiro pára-quedas utilizado de facto e o pára-quedas militar e do inventor Nikola Tesla, que desenvolveu a corrente alternada, o motor de indução e a transmissão de sinais sem fios.


 Dois croatas foram laureados com o prémio Nobel da Química - Leopold Ruzicka e Vladimir Prelog, sendo que actualmente inúmeros cientistas croatas trabalham em equipas internacionais.

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