A malária é uma doença provocada por um parasita, que todos os anos é responsável pela morte de mais de um milhão de indivíduos, sobretudo em África. Acontece que o parasita, um protozoário do género Plasmodium, entra para a corrente sanguínea humana aquando da picada de um mosquito do género Anopheles já infectado por esse protozoário (sendo o mosquito, por isso, o vector de transmissão do parasita).
Deste modo, como forma de impedir o desenvolvimento do parasita nos mosquitos do género Anopheles (sendo impedida assim a transmissão de malária para os seres humanos), investigadores norte-americanos alteraram o genoma de alguns indivíduos deste género. Seguidamente, os cientistas injectaram o parasita da malária em 90 dos mosquitos, tendo constatado posteriormente que o desenvolvimento do parasita fora completamente bloqueado, ou seja, a alteração genética em causa tinha imunizado os insectos contra o protozoário.
Esta "imunização" foi conseguida à conta de uma alteração num único gene, estando esse envolvido na produção de insulina. Isto representa uma vantagem relativamente a outras abordagens similares, mas anteriores a esta, que recorriam à modificação de vários genes e não alcançavam uma taxa de sucesso tão grande.
O próximo passo estará relacionado com a substituição dos mosquitos do género Anopheles "normais" existentes na natureza, por estes, geneticamente modificados e que impedem a 100% o desenvolvimento do parasita da malária no seu interior, o que não será, certamente, uma tarefa fácil.
Fontes: http://articles.latimes.com/2010/jul/17/science/la-sci-malaria-20100717 (18/07/2010)
http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1620269&seccao=Sa%FAde (18/07/2010)
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