sábado, 24 de julho de 2010

Investigadores portugueses desenvolvem tecido "imune" à sujidade

 Quantas vezes desejamos que os nossos tecidos não se sujassem? Pois bem, esta já não é uma ideia utópica, pois investigadores portugueses do Centi (Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes), em Famalicão (no Norte de Portugal) desenvolveram um tecido que não se sujam e que em breve será comercializado no mercado sob a forma de guardanapos e toalhas de mesa.

 Este tecido, denominado "easyclean", é fabricado com recurso a nanomateriais que impedem substâncias aquosas e oleosas de penetrar nele e, como tal, que se suje. Para além disso, o tecido é fácil de limpar, o que leva a que tenha de ser lavado menos frequentemente, o que resulta na poupança de água e na diminuição da quantidade de detergente (que apresenta uma grande quantidade de produtos químicos) utilizado. 

 A comercialização dos guardanapos e das toalhas de mesa, fabricados com recurso ao "easyclean", será levada a cabo pela empresa Têxteis Penedo, algo que resultou da parceria entre os investigadores do Centi e o Citeve (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário), esperando-se que a Têxteis Penedo lucre, num período entre um a dois anos, cerca de um a dois milhões de euros, à conta destes novos produtos.

 Para além deste tecido que não se suja, o Centi tem vindo a desenvolver muitos outros objectos úteis para o consumidor e, simultaneamente, ecológicos, recorrendo à nanotecnologia, nomeadamente, couros "livres de odores desagradáveis" e um ladrilho que funciona como interruptor de electricidade (que controla a intensidade de emissão de luz).

Fonte: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1625528 (24/07/2010)

3 comentários:

  1. É, deveras, uma "descoberta" muito interessante. Útil, prático e muitíssimo utilizado pela população, já para não falar que "descobertas" como esta (apesar de simples já que não é a cura para nenhuma doença - não menosprezando os outros tipos de investigação)podem dar prestígio ao nosso país se for comercializado fora do país impresso com MADE IN PORTUGAL.
    Vanessa Valente

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  2. Obrigado pelo comentário. De facto, Portugal deve apostar mais na ciência, de forma a obter o "prestígio" e o reconhecimento internacional proveniente destas "descobertas". Contudo, o facto do nome deste tecido estar em inglês e de muitos dos trabalhos publicados por investigadores portugueses estarem também, somente, em inglês impede, muitas vezes, a comunidade científica nacional e internacional de se aperceber da qualidade dos cientistas portugueses.

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  3. É útil terem criado um tecido que não se suja facilmente. Poderá ter muitas vantagens, mas não deixará de ser uma preocupação no caso dos restaurantes que optem por colocar nas mesas toalhas e guardanapos deste tipo, aproveitando-se do facto de não se ver a sujidade, para não os lavarem frequentemente. Não será agradável apercebermo-nos disto...

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