quarta-feira, 28 de julho de 2010

Produção de biodiesel por algas apresenta desvantagens ecológicas

 A produção de biodiesel por parte de algas parece ser uma solução ecológica para a produção de um combustível, visto que para ser produzido biodiesel é necessário que ocorra a absorção de dióxido de carbono por parte destes seres vivos. Contudo, estudos mais recentes indicam que a quantidade de gases de efeito de estufa gerados aquando da produção deste biodiesel é cerca de quatro vezes superior à quantidade de gases libertados aquando da produção de gasóleo.

 Acontece que para as algas produzirem biodiesel, estas necessitam de estar expostas à luz solar e, como estas se encontram dentro de tubos, é necessário fornecer-lhes energia para "movê-las" e assegurar que contactam adequadamente com a luz solar.

 Se produzir biodiesel em biorreactores tubulares parece ser uma má opção, sob o ponto de vista ambiental, a produção deste tipo de combustível, por parte de algas, em lagos abertos (como os da imagem à direita) também não é solução. Apesar de a produção de gases de efeito de estufa ser menor, a água dos lagos tende a evaporar (o que acarreta um maior consumo de água) e a quantidade de biodiesel produzida é menor.

 Dessa forma, dada a necessidade de encontrar um combustível "verde", investigadores estão a desenvolver biorreactores fechados, onde as algas circulam à custa do fornecimento de pouca energia.


Fonte: http://www.newscientist.com/article/mg20727704.700-biodiesel-from-algae-may-not-be-as-green-as-it-seems.html (31/07/2010)

2 comentários:

  1. Qual é a bibliografia deste artigo?

    Pesquisaram os biorreactores fechados? Em que são eles úteis? As algas em biorreactor fechado não captam o dióxido de carbono fechado pois não fazem a fotossíntese.

    O INETI tem muito boas investigações sobre os reactores tubulares...

    Sugiro a divulgação de mais informação acerca dos "gases de efeito de estufa gerados aquando da produção deste biodiesel". Que gases? O que os provocam? Que método? Não há métodos alternativos?

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  2. A fonte do artigo, já acrescentada no próprio post, é o website http://www.newscientist.com/article/mg20727704.700-biodiesel-from-algae-may-not-be-as-green-as-it-seems.html da revista New Scientist.

    Acontece que, a "pegada de carbono" associada à energia necessária para que ocorra o "movimento" das algas (de modo a que estas fiquem devidamente expostas à luz solar) é de 320 gramas por megajoule equivalente de combustível. Isto, quando as algas são criadas em biorreactores tubulares. O facto dos biorreactores tubulares estarem abertos, leva a que as algas captem dióxido de carbono, mas a quantidade captada deste gás é menor que aquela associada à energia necessária para o "movimento das algas".

    Relativamente a métodos alternativos, existem as "quintas de algas" em lagos abertos, cujos custos de manutenção são menores e a pegada de carbono associada é menor. Contudo, o rendimento é menor, sendo necessário uma maior quantidade de água. Para além disso, a água nesses lagos está extremamente vulnerável a contaminação.

    Novos métodos, que procurem suprimir essas desvantagens, estão em investigação e desenvolvimento um pouco por todo o mundo, nomeadamente no Reino Unido e Nova Zelândia, devido ao interesse económico manifestado por muitas empresas de combustível na comercialização deste biofuel (cujo custo de produção se prevê ser menor que o do gasóleo)

    Obrigado pela participação,
    O editor do blogue Ciência e Saúde XXI

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