domingo, 8 de novembro de 2009

Encontrada glicina em cometa

Investigadores da NASA detectaram a presença do aminoácido glicina (NH2CH2COOH) em amostras de poeiras do cometa Wild 2, recolhidas durante a passagem da sonda espacial Stardust em Janeiro de 2004 e devolvidas à Terra onde foram recuperadas em Janeiro de 2006.

Como a glicina é um dos componentes estruturais das proteínas, a sua presença num cometa reforça a ideia de que as moléculas essenciais à criação da vida se encontram espalhadas pelo universo. A astrónoma Jamie Elsila do Goddard Space Flight Center da NASA, em Greenbelt, Maryland, EUA, anunciou a descoberta, que será apresentada numa edição próxima da publicação científica Meteoritics & Planetary Science.
 
Apesar dos astrónomos já suspeitarem há muito tempo que seria possível a glicina formar-se através dos processos exóticos e gelados da química espacial, a demonstração desta possibilidade tinha, até o momento, permanecido fugidia.

 
De facto, a complexidade do aminoácido torna a sua identificação através de métodos espectrais extremamente difícil.


Apesar dos investigadores terem procurado avidamente a sua detecção no espaço interestelar durante décadas, os alegados sucessos reportados têm sido frequentemente contestados e mesmo retractados.
 
Assim, uma identificação definitiva de glicina através dos detectores baseados em aerogéis da Stardust pode sugerir que, pelo menos nos cometas, a química básica da vida é possível.



Fontes: Revista Química, Jul-Set 2009, 114 

 

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