segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Português descodifica genoma do cancro da mama

Uma descoberta que pode abrir portas para um tratamento diferenciado de cada fase do cancro.
Graças à tecnologia que permite sequenciar o ADN, Samuel Aparício e a equipa de cientistas compararam as mutações encontradas numa fase mais avançada da doença, com as detectadas quando esta ainda estava em fase inicial. 

Descobriu que estas não evoluem todas da mesma forma: "As mutações dos tumores não são homogéneas, como se pensava", mas vão variando conforme a fase da doença, como provou o trabalho da sua equipa da BC Cancer Agency, uma fundação científica com sede em Vancouver, onde trabalha há quatro anos.

A investigação começou há nove anos, quando ainda estava no Reino Unido. Ao estudar uma doente Samuel e a equipa conseguiram ver que o cancro primário que lhe tinha sido diagnosticado tinha sofrido mutações.
Isto é, de início, existiam 11 mutações no tumor na fase primária da doença, tendo sido encontradas outras 32 numa fase mais avançada. Apenas cinco dos erros foram encontrados em todas as células, nas duas fases. Seis deles apresentavam-se com frequências bastante menores (entre um e 13 por cento).
Dezanove mutações foram detectadas numa fase mais avançada, apesar de não estarem presentes no início. Duas delas não se conseguiram estudar por razões técnicas.
Agora o trabalho do português passa por sequenciar tumores em ensaios clínicos para ter mais casos para trabalhar no estudo dos genomas. 
A investigação da sua equipa vai testar novos fármacos adaptados às (agora diferentes) fases da doença e tentar perceber se nestas mutações dos tumores existe algum padrão.

Fontes: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1384944&seccao=Sa%FAde (10/10/2009, 16h35)
http://www.nature.com/nature/journal/v461/n7265/covers/ (12/10/2009, 14h40)

1 comentário:

  1. Acho muito interessante o conceito deste vosso "blogue", abordando temáticas científicas em que se combinam objectividade e rigor com criatividade e imaginação (como acontece,aliás, diria eu, na poesia...). Considerem-me um vosso "seguidor" !

    José Manuel Silva

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